Descrição
Os aneurismas podem aparecer em qualquer vaso do corpo, mas apenas os aneurismas cerebrais podem causar AVCs hemorrágicos com hemorragia subaracnoideia, uma condição médica grave, que ocorre quando estas pequenas “bolhas” rompem, podendo causar danos cerebrais graves ou mesmo a morte.
Estima-se que cerca de 5% da população seja portadora de um aneurisma cerebral, com uma taxa anual de rotura de cerca de 2%. A incidência de rotura de aneurismas cerebrais é de cerca de 10 em cada 100.000 pessoas por ano. Em média, os aneurismas são mais frequentes em mulheres e cerca de 20% dos utentes tem mais do que um aneurisma. Podem ocorrer em qualquer idade, mas são mais comuns em adultos entre os 40 – 60 anos de idade.
Na grande maioria dos aneurismas cerebrais não se identifica a causa, embora existam vários fatores de risco documentados para o seu aparecimento, nomeadamente, trauma, hipertensão arterial, tabagismo, consumo de álcool e drogas, entre outros.
Infelizmente, a maioria dos aneurismas cerebrais é detetado apenas quando rompe. Em alguns casos, aneurismas de grandes dimensões podem apresentar-se com sintomas prévios à rutura, como por exemplo, alterações da visão, dor acima e atrás do olho, paresias de nervos, cefaleias localizadas, dores no pescoço, náuseas e vómitos, entre outros. Um número cada vez maior de casos tem sido diagnosticado antes da rutura, uma vez que os médicos requisitam cada vez mais métodos de imagem, como por exemplo TAC e Ressonância, para avaliação de utentes com este tipo de sintomas.
Embora a TAC e a Ressonância com estudos angiográficos permitam detetar grande parte dos aneurismas cerebrais, a maioria dos utentes com este tipo de lesões acaba por ter de realizar uma angiografia cerebral para o diagnóstico definitivo e para avaliar qual o melhor método de tratamento.
Tratamento cirúrgico
Nem todos os aneurismas cerebrais têm indicação para tratamento cirúrgico, sendo a decisão individualizada e discutida com o utente. Os aneurismas cerebrais podem ser tratados através de cirurgia clássica, com uma cirurgia aberta convencional, em que são colocados “clips” dentro da cabeça para encerrar o aneurisma, ou através de tratamento cirúrgico endovascular, cirurgia minimamente invasiva, sendo que as duas opções terapêuticas são eficazes. A cirurgia aberta era a única opção terapêutica disponível durante vários anos, até que surgiram os procedimentos cirúrgicos endovasculares, minimamente invasivos, que têm crescido cada vez mais, e se tornam hoje a opção terapêutica de primeira linha na maioria dos casos.
O tratamento cirúrgico endovascular é feito por uma equipa de médicos de Neurorradiologia de Intervenção, utilizando a técnica de angiografia, com colocação de um cateter na virilha, o qual é “navegado” através das artérias, até chegar ao cérebro. Existem vários métodos de cirurgia endovascular para tratar aneurismas, entre estes, aquele que é utilizado há mais tempo é a técnica de “coiling”. Recentemente, têm surgido outras técnicas e dispositivos inovadores, nomeadamente os “stents diversores de fluxo”. A técnica apropriada irá depender do tamanho do aneurisma, da sua localização, anatomia, sintomas clínicos do utente, experiência do centro, entre outros fatores.
Perguntas Frequentes
No site do CHVNG/E – www.chvng.pt – pode encontrar informações, entre as demais as seguintes:
- Exposições ao gabinete do Cidadão (reclamações, sugestões e elogios);
- Acesso à informação clínica;
- Consulta e formulação de questões à Comissão de Ética do CHVNG/E;
- Assistência Espiritual e Religiosa;
- Liga de Amigos do CHVNG/E.
Se necessitar de justificação de presença, por favor informe a funcionária administrativa.